A transcrição de áudio
supereditada traz cortes e intervenções mais vigorosas do transcritor-revisor
sobre o conteúdo do áudio a ser transcrito. Concordância nominal e verbal
recebem atenção adequada, assim como são eliminados os gaguejos, os "né",
"tá", e expressões do cotidiano como o "tá bom" é trocado
por "está bem".
Este artigo tem 450
palavras e você deve levar em torno de 2,5 minutos para ler.
O desencanto dos leitores
O desencanto dos leitores
ao receberem o conteúdo da gravação transcrita transpareceu algumas vezes para nós.
Assim como já expressaram alguns supervisores que tive que me aconselharam a não
usar "pra" e "pro", porque segundo eles "o leitor
disse que não fala errado". E foi por esta razão que passamos a adotar a versão
da transcrição de áudio supereditada.
A expressão "a gente
faz" por exemplo é trocada por "nós fazemos", "promoveu
elas" por "promoveu-as" e etc. são realizados para ajustar o
texto para facilitar a operação "copiar-colar" de quem adquiriu o nosso
serviço de transcrição.
Quem deveria usar a transcrição
de áudio supereditada?
Todos os clientes, exceto
advogados. Os advogados precisam da versão literal jurídica, essa é a nossa sincera
recomendação. Agora, trabalhos acadêmicos em que o objetivo não é um estudo
linguístico específico mas apenas a coleta de dados para informações acadêmicas,
o estilo supereditado nos parece o mais adequado e recomendado. Por que dizemos
isso?
Uma linguagem que a
máquina entende
Programar um Atlas TI para
receber as transcrições e destacar as palavras e expressões-chave. Essa é uma das
principais dificuldades se misturarmos o português correto com erros de português.
Já é um desafio programar esses programas e adequá-los para as diversas funções
que o pesquisador pretende utilizar para extrair informações e conclusões baseadas
nas informações que digitamos, a máquina ainda ter que analisar se usou "pra"
no lugar de "para a", "é nóis na fita" em vez de "ficamos
ali no ato", entre outras expressões é sobrecarregar o pesquisador e
prestar um desserviço à ciência.
Novamente insisto, estou me
referindo às transcrições para uso de estudos não linguísticos, mas como ferramentas
auxiliares de extração de dados e interpretações de informações contidas no
texto,que só poderão ser analisadas depois de convertidos em texto. E a versão supereditada
de nossa produção serve exatamente para isso.
Cortes vigorosos nas informações
não essenciais
Temos recebido feedbacks
positivos de empresas de pesquisa e consultorias com relação à versão supereditada,
onde informações não relevantes são excluídas pois "isso permitiu ganhar
tempo na análise".
E assim, aquelas frases iniciais
padrão que visam informar ao entrevistado qual o objetivo da pesquisa e quem é o
pesquisador são descartados, assim como divagações. A transcrição de áudio supereditada
é a mais limpa possível para privilegiar a leitura e o conteúdo.